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Foto do escritorRevista Trajanos

Três poemas de Beatriz Arantes


AMOR É LAICO II.


o amor é laico

não tem religião

o amor é laico

não é só físico

o amor é laico

não é só sentimento

o amor é laico

não olha a cor

o amor é laico

não é só pai

o amor é laico

também pode ser ímpar

o amor é laico

não aprisiona


o amor é laico

traz vida às cores

o amor é laico

traz(é) o sentido para a vida

o amor é laico

traz beleza

o amor é laico

traz paz

o amor é laico

traz aceitação

o amor é laico

traz-nos o lar


o amor é você

amor é eu

amor é nós

nós somos o amor.



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O AMOR É LAICO I.


o amor é cego


o amor não se prende à religião

não se importa com a cor

não enxerga gênero

não se limita

a duas pessoas


o amor não aprisiona

quem o sente

o amor liberta

quem o recebe

o amor transforma

aqueles que o compartilham


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EU TE PROCURO


eu te procuro

procuro a textura do seu preto

em outros cabelos

procuro o seu sarcasmo

em outras palavras

procuro o seu beijo

em outras bocas

procuro o seu sorriso

em outras risadas

procuro os seus olhos

em outros olhares

procuro o seu cheiro

em outros pescoços

procuro suas curvas

em outros corpos

procuro seu gosto

em outras línguas

procuro você

em outras pessoas

em outras músicas,

te procuro em versos

e até te vejo em alguns

alguns Anavitória, Tim Bernardes e até internacionais

conseguem te desenhar,

‘’eu te procuro’’

‘’só nós dois’’

‘’i’m still with you’’

te vejo nesses versos

mas não te encontro

- te procuro


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SOBRE A AUTORA


Meu nome é Beatriz Arantes (nome artístico: Beatriz F. Arantes), carioca, estudante do ensino médio aos dezesseis anos.

Aprendi a ler mais tarde que todos os meus amigos e com o dobro da idade que o meu irmão aprendeu, mas, com o incentivo dos meus pais, me apaixonei pela literatura, achando nos livros e na arte o meu refúgio. Caí nesse abismo que são as palavras e, com o tempo, aprendi a fazer minha própria mágica com elas.

Escrevia poesia com onze anos, mas por achá-las ruins quando comparadas às de outras pessoas, parei. Não consegui me afastar dos versos, pois bastou eu ler um livro de poemas para voltar a tentar, dessa vez sem pensar nos outros: todos os meus poemas são de mim para mim mesma, são o meu refúgio, meu lar.

Em 2022, comecei a enviar minhas estrofes para editoras e concursos, incentivada pela melhor professora de literatura que poderia ter, me convencendo de que algumas pessoas poderiam se identificar e encontrar refúgio nas minhas palavras, assim como o achei nos livros de outros.

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