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Três poemas de Lara Machado


Com fim

Vida com fim

Final de mim

Não sinto tristeza

Nem sinto alegria

Me sinto temporária

O tempo sempre passa

Ele passa e eu vou

Ele segue passando outros

Assim a vida continua

Assim a morte termina


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Idealizado

Você idealizado por mim

Eu mergulhada em sonhos

Jamais falarei contigo

Só eu saberei o que sinto

Não tenho medo da rejeição

Tenho medo do seu sim

Não quero te conhecer

Não quero te saber imperfeito

Apenas quero minha idealização

Seu sorriso é simplesmente perfeito

Você não é apenas seu sorriso

Pode se entregar inteiro para outra

Eu não quero nem a parte boa

Só almejo a perfeição inexistente

Meus sonhos seguem alegremente

A realidade segue inexistente


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Certo

Eu queria te xingar

Você não merece

Escolher ela foi ideal

Eu também escolheria

Ela te ama como é

Eu amava ter alguém

Você era só um detalhe

Não chore por isso

Todo detalhe é essencial

Você está certo

Eu continuarei errada

Apenas errarei com outro

Eu aprendi muito contigo

Não vou colocar em prática

Minha natureza é ciumenta

Ninguém vai me prender

Ninguém vai me ter

Só eu me terei até o fim


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SOBRE A AUTORA


Lara Machado é uma jovem escritora apaixonada pela arte de condensar sentimentos em palavras. Estuda Letras na UNILAB (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira). Já participou de algumas antologias e revistas literárias e pretende continuar espalhando as letras de sua alma. Escrever, para ela, é espalhar fragmentos de sua alma para quem quiser recolher, o leitor não deve esperar recolher apenas peças iluminadas, a escuridão também faz parte de todo ser. A autora não busca apenas espalhar boas vibrações, ela pretende e ousa se espalhar, tem coragem de mostrar o indesejável. Algumas pessoas escondem defeitos para causarem uma ilusão de perfeição. Outras pessoas escondem qualidades para não parecerem bobas. A Lara desistiu de se esconder porque a vida breve e ela quer se mostrar enquanto pode. Os personagens que cria não são iguais nem diferentes dela, são igualmente desiguais. São iguais na condição humana, são desiguais porque cada ser é diferente. A poesia dela abriga todos os sentimentos, considera que a vida é muito ampla para se falar só de amor e ao mesmo tempo entende que é o amor que gera a vida. Se sua escrita não tem sentido é porque nunca encontrou sentido na vida, começou a escrever porque quis. Não sabe se o que escreve tem propósito, só sabe que tem vontade. Escreve porque quer, quer ser lida. Se algum leitor a entender ela pede que a explique, porque nunca conseguiu tal feito.

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