Por Clara Bordinião
“até baudelaire tinha os seus dias de fábio de melo.”
Guilherme Gontijo Flores.
Mesmo no meio de uma pandemia que nos acompanha há pouco mais de um ano, belos livros e poemas foram lançados por poetas curitibanos por diversas editoras. Se as chuvas andam escassas por aqui, a poesia vem transbordando os rios de Curitiba. Motivados por escritores e escritoras que já vem publicando desde meados dos anos 70 e 80 do século passado (e me desculpem os mais novos, isso não faz tanto tempo assim!) nomes como Luci Collin, Alice Ruiz, Paulo Venturelli, Dalton Trevisan, Miguel Sanches Neto, Valêncio Xavier, Paulo Leminski, são só alguns dos nomes da literatura curitibana que ilustram as bibliotecas desses novos nomes da poesia e da prosa, meninos e meninas nascidos entre os anos 80, 90 e 2000.
Como eu já disse na primeira edição, vamos deixar a poesia nos socorrer nesses tempos caóticos, e como bem autografou Luci Collin em sua antologia poética “RESISTIR É PRECISO”, e como disse Alice Ruiz, em uma fala na Biblioteca Pública não me recordo o ano, “A POESIA É UMA FORMA DE RESISTÊNCIA”.
Alguns desses poetas já apareceram aqui nesta coluna e em outras da Trajanos, e outros que ainda aparecerão! Um dos coletivos de poetas e críticos de literatura, a Membrana Literária, uma grupa interessada na criação de uma rede afetiva, crítica e colaborativa entre pessoas que escrevem, formada por Francisco Mallmann e Mariana Marino que já passaram por aqui com seus livros Haverá festa com o que restar e Peito aberto até a garganta, ambos publicados pela Editora Urutau, traz nomes como Yuri Amaury, Jessica Stori, Julia Raiz, Natasha Tinet, Daniela Rosa, Izadora Figueiredo, Anna Carolina Azevedo. Poetas que em breve serão contemplados aqui no nosso Café com Poesia.
Compartilhados com a Membrana, a poeta e o poeta Mariana Marino e Yury Amaury, fazem parte de um advento de poetas vindos do curso de Letras da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, como João Simino (editor da Trajanos), Cristiano de Sales, Clara Bordinião (eu mesma!) e Clarissa Comim, entre outros poetas que fazem parte da antologia poética do Grupo Entreprosas, que também estarão nos próximos textos da coluna.
Entre as minhas andanças virtuais e gole de café (chá ou água) na live Café com Poesia tenho acompanhado outras leituras, voltando em poetas que sempre tive vontade de ler durante a graduação e nunca dava tempo, pousei o olhar no livro Alquimista na Chuva, de Assionara Souza. Publicado pela editora Kotter, esse livro dedicado à Luci Collin, que é uma grande incentivadora de novos poetas. E não fico só nesses nomes, mas passo pelos versos de bons amigos como Raul K. Souza e Daniel Osieski, que vem indicando boas leituras e jogando boas sementes poéticas. Mas nada se compara a entrar a entrar no Arte & Letra ou no site das editoras e namorar os livros de Luiz Felipe Leprevost, Guilherme Gontijo Flores, Jussara Salazar e eu deixo aberto aqui para você leitor inserir outros nomes.
E que saudade de poder voltar para a rua, mas infelizmente ainda não podemos nos deliciar nos cafés, no teatro, no cabaré, nas artes performáticas, nos shows – no que um dia foi nossa rotina, nossa vida. Por isso este texto, não se deixem abater pelo isolamento físico, vamos mergulhar na nossa poesia, consumir arte nem que seja na distância. Como eu já disse na primeira edição, vamos deixar a poesia nos socorrer nesses tempos caóticos, e como bem autografou Luci Collin em sua antologia poética “RESISTIR É PRECISO”, e como disse Alice Ruiz, em uma fala na Biblioteca Pública não me recordo o ano, “A POESIA É UMA FORMA DE RESISTÊNCIA”.
Enquanto esperamos a nossa vez de vacinar chegar, estaremos de máscaras e resistindo. Melhor dizendo, escrevendo!
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