Por Luiz Fernando Rosa
Raul K. Souza, poeta e editor curitibano, que teve sua estreia na literatura recentemente com Ligações que Rasgam (Kotter Editorial, 2021). Ao partirmos de sua obra, nossa entrevista foi um tanto quanto intimista e, ao mesmo tempo, debatemos questões referentes à literatura e sociedade. Espero que gostem!
L: Quem é Raul K. Souza?
R: Nossa, que pergunta difícil, mas… Se coloca no lugar dela cinco segundos e você vai entender a verdadeira história da vida dela (PEPITA, Mulher. 2021). Mas eu sou um gay, nascido e criado em Curitiba e tenho a literatura como uma das minhas primeiras paixões na vida. Eu a chamo de minha boia no meio desse oceano que é a realidade, ela é o que me ajuda a sobreviver. Também sou Virgem, com Lua em Câncer, ou seja, eu sou muito racional e muito emocional ao mesmo tempo. E tento levar todo esse conflito para os meus poemas, minhas coisas e meu trabalho, ao mesmo tempo com muito humor sempre. (Neste momento, a entrevista foi interrompida por um interlocutor que passava de carro e chamou o poeta de cachaceiro). Me xingaram aqui! Retomando, basicamente, na superfície essas coisas podem me definir um pouco.
L: Dentro da perspectiva da sua construção do ‘eu’, você poderia falar um pouco como foi o seu primeiro contato com a literatura? E quando você percebeu que era “amor à primeira vista”?
R: Eu comecei a escrever e a ler com mais profundidade, mais interesse, quando eu era pré-adolescente. Sou millennial, então eu fui um adolescente “hiper emo” e as primeiras coisas que eu escrevi foram letras de músicas. Escrevi muito naquela época e, em um determinado momento, eu senti que ler iria me ajudar a escrever melhor. Um dos primeiros livros que eu li, e que me impactou, foi Dom Casmurro, do Machado de Assis. Eu me identifiquei muito com a atmosfera do livro, porque é um livro muito ansioso. Você acompanha um personagem que tem desejos e conflitos mediante escolhas éticas que foram feitas por pessoas que estão ao redor dele. Essa atmosfera, e essa premissa, me encantaram de uma maneira muito forte. Acho que tinha 15 anos naquela época, eu era gay, ia pra igreja, minha mãe era pastora de igreja, e eu me via muito naquele personagem. Eu não sei se você já leu?
L: Já.
R: Então, o final do livro me perturbou de uma maneira horrível, eu fiquei uma noite inteira brigando com o final desse livro porque eu não conseguia aceitar que o final fosse aquele. E eu acho que esse choque de ter sido conduzido pelo autor de uma forma e ter sofrido esse corte, me fez perceber que a literatura era uma caixa de mistérios, pois eu não sabia muito bem o que esperar quando eu entrava em uma leitura. Então, na adolescência eu comecei a ler muito mais poemas, mangás (otaku), quadrinhos, romances, jornais, lia de tudo. Além dessas letras de música, o primeiro projeto literário que eu publiquei foi um zine chamado Astronautas pedem uma pizza e dois pathos com gelo, que depois se tornou um capítulo no meu livro que foi lançado este ano. Neste zine eu vivi uma história porque eu me apaixonei por um cara, via Tinder, e na minha bio dizia algo como “me pague uma pizza!”. Quando nos conhecemos, meu primeiro vínculo com essa pessoa foi justamente comer uma pizza. Foi uma relação de três meses na qual nós assistíamos a vários filmes juntos e eu acabei me apaixonando, mas não rolou. Mesmo não dando certo, saí dali sendo outra pessoa e resolvi escrever este zine, o qual eu editei de maneira independente, publiquei de maneira independente e foi a minha estreia na literatura. Desde então, comecei a ir em saraus e a me envolver de uma maneira mais ativa na cena literária de Curitiba.
L: Ainda no quesito da literatura, em diversas entrevistas que você já concedeu, tu falou da importância da obra de Caio Fernando de Abreu na sua vida. Para fugirmos um pouquinho disso, você poderia falar sobre outros autores, ou artistas, que contribuíram para a sua formação intelectual e artística?
R: O Caio foi uma das minhas principais referências, pois cresci em uma periferia de Curitiba e na minha família não tinha nenhuma pessoa LGBT assumida. Meus pais não nos deixavam dormir na casa de amigos, mas tínhamos que ir para a igreja toda semana. Íamos às terças, quintas, sábados, domingo de manhã, domingo à noite, nós dançávamos, fazíamos teatro, íamos a acampamentos evangélicos, tudo isso. Assim, não tinha como eu ter uma referência LGBT e, ao mesmo tempo, quando eu era pré-adolescente, lá por 2004, por sermos uma geração pós anos 90, nós viemos logo após a grande epidemia do vírus HIV e ser LGBT naquela época, era ser estigmatizado no Brasil. As referências mais fortes que a gente tinha eram Cazuza, Renato Russo, Freddie Mercury, o próprio Caio inclusive, foram grandes nomes que acabaram sendo vítimas do vírus. Eu não entendia que ser LGBT naquele momento era ser uma coisa estigmatizada como uma pessoa doente e isso era muito difícil para uma criança em desenvolvimento.
Não se falava a palavra gay, era como se fosse a palavra “Voldemort”, Aquilo que não deve ser mencionado. Quando aparecia uma pessoa LGBT na TV, eu me sentia muito desconfortável porque naquela época nós vivíamos um outro tipo de audiência em relação à comunicação. Geralmente, as famílias tinham somente uma TV, ou seja, todo mundo assistia aquele cronograma da Globo junto. Em algumas novelas das oito começaram a aparecer alguns personagens LGBTs e teve um personagem específico, que apareceu na novela América, que quando aparecia eu ficava extremamente desconfortável. Só que, ao mesmo tempo, eu me identificava muito com ele e morria de medo que meus pais percebessem a minha identificação com aquele personagem. Aquilo, para mim, era um momento de terror absoluto, anos mais tarde eu me agarrei a várias referências.
O rock por ter uma atitude de rebeldia, diferenciada, marginal e poética mediante as nossas situações sociais no mundo, no Brasil e como uma pessoa gay, foi uma grande potência para mim. Eu me enxerguei ali e agarrei o meu nome, que é uma homenagem a Raul Seixas. E foi nessa referência ao rock que eu cheguei na adolescência, encarnei aquela rebeldia, vesti aquela roupa e me identifiquei com tudo aquilo. Senti um pouco de chão, para aquele chão sem muito tato, que era o Brasil para mim. As minhas referências vieram de várias bandas do rock, depois eu comecei a ler o Machado (de Assis), a Clarice (Lispector) também, Avril Lavigne, Evanescence, My Chemical Romance e Green Day. Quando entrei na universidade, estava perdido, e foi ali que eu tive um maior contato com a teoria literária, a teoria filosófica, então eu comecei a ler Nietzsche e foi assim “Meu Deus”. O que ele fala, “eu não sou um homem, eu sou uma bomba”, eu fiquei, caralho! É sobre isso, caralho!
L: Era sobre isso, antes de ser sobre isso! (Risos)
R: Exatamente, as minhas referências do universo literário vieram desse lugar de marginalidade, homossexualidade, pessoas que estivessem falando sobre a vida comum, de um deslocamento sobre a vida comum. Por exemplo, Ginsberg, que foi uma grande referência para mim, citava os amigos dele em seus poemas e escreveu outros tantos sobre o efeito de entorpecentes, drogas, e esse universo contrastava de uma maneira poética para mim. Naquele momento, por eu vir de um lugar religioso muito intenso, eu só queria ser possuído por tudo que a rua, e o mundo pareciam ser, e que durante 20 anos haviam sido negados a mim. Então, eu disse sim a todo o tipo de podridão.
L: Meu Deus, como continuar a entrevista depois de uma resposta dessas? (Risos) Adorei a sua resposta! Mas continuando, você citou diversas referências LGBTs que contribuíram de uma forma, ou de outra, para a sua construção enquanto homem e artista gay. Quando pensamos a questão da representatividade, hoje em dia, há uma diferenciação entre arte LGBTQIA+ e arte sobre LGBTfobia, você poderia fazer algumas considerações sobre isso? Por exemplo, Brokeback Mountain pode, de certa forma, ser visto como um filme sobre LGBTfobia e não sobre LGBT...
R: Eu me senti agora naquele vídeo… Mão na parede, policial disfarçada, policial disfarçada! E eu tava só na esquina de boa (CALDEIRÃO, Natasha. 2020). Bom, quando Brokeback Mountain saiu eu lembro que eu tinha uns 15 anos, o filme foi pro cinema e é óbvio que eu jamais poderia ir vê-lo, não me sentia empoderado o suficiente para ir. Quando o filme chegou na locadora, queria muito assistir, mas eu morria de medo de pegá-lo porque os meus pais poderiam descobrir sobre a minha sexualidade. Foi lá pelos 17 anos que eu aluguei esse filme escondido, assisti, chorei e vivi aquilo. Eu não sei responder por meio de um estudo teórico a diferença sobre esses dois temas, mas, me parece, que há sim uma diferença. Boa parte da literatura e da arte produzida sobre a vivência de LGBTs tinha um final trágico para esses personagens. Sempre morriam, sempre eram negados à vida e sempre perdiam. Não somente a própria vida, mas o coração de uma maneira total, ou direitos de uma maneira absoluta. Da mesma forma que aconteceu com Oscar Wilde que foi um grande escritor, e uma bicha de muita coragem, e trouxe por meio da sua arte um conceito muito interessante do homoerótico. Sinto que há uma diferença sim entre pensar, ou criar uma arte, sobre a vida de LGBTs e uma arte para GLS (risos). Acho que a arte GLS não enxergava uma vida mais próxima de uma cidadania, que eu poderia ser uma pessoa que trabalha, que vou me casar ou não, que vou ter uma vida comum. Apesar de toda a opressão e violência, estamos vivendo vidas comuns, a gente trabalha, estuda, tem profissão, a gente tá aí. E eu sinto que a arte LGBT, ela tem um foco mais incisivo, não de uma maneira que queira impor isso para as pessoas, mas sim, que as façam refletir de uma maneira educativa sobre a vida do próprio LGBT. Isso ecoa em outras pessoas e tudo isso graças ao advento da internet, que possibilitou uma maior produção cultural dessas pessoas. Tivemos depoimentos e personalidades LGBTs que apareceram nestes últimos 15 anos que tiveram um grande impacto no empoderamento da classe. Ao mesmo tempo, me prepararam para encontrar a minha voz e reivindicar o meu espaço no meu trabalho, na minha casa, na rua, no bar e, inclusive, na universidade. É isso, sem mais!
L: Ainda nesta perspectiva sobre a relação da arte com a realidade, principalmente, nesta concepção de arte LGBT e arte sobre LGBTfobia, você acredita que de alguma forma a arte pode interferir na realidade ou ela é só um recorte da materialidade cotidiana?
R: Ele vem na pedrada mesmo (risos). Para mim a arte não tem intenção de educar o mundo necessariamente, acredito que esteja mais para um poder muito grande e não ambivalente, como a tecnologia. Acho que ela parte de diferentes preceitos, pois é o poder da vida se dobrar sobre a própria vida e se transformar. Pra mim, a arte tem sido isso, se eu disse no começo que a literatura é uma boia, a arte, com certeza, é uma casa, um tanque de guerra, uma escola fodida e sinto que ela tem sim um poder de transformação da realidade. Uso esse poder o tempo inteiro, me redimo nele, e, inclusive, o meu livro preferido do Nietzsche é A Música na Época Trágica dos Gregos, no qual ele trata dos conceitos de apolíneo e dionisíaco. Lembro de um professor que estudava o autor em um grupo de estudos, por volta de 2013, e durante esse processo percebi que a vida não tem muito significado. Acabei estudando e vivendo isso ao mesmo tempo. Porém, temos diversos tipos de instituições que significam a vida de alguma maneira e que criam uma vida técnica produtiva para nós. Dentro desse livro, desse estudo e dessa experiência, o professor disse que a gente não só encara a vida de uma forma trágica, mas que a arte é o nosso panteão a ponto de nós, enquanto humanidade, criarmos nossos deuses artísticos para significar intensamente e profundamente a vida. Isso, a ponto de encararmos essa realidade que era inteiramente trágica e dizermos “que pena que acaba”. Pois a arte tem o poder de tornar toda essa fealdade na coisa mais bela, mais sublime, mais justificável e mais porradaria na cara. Que pena que acaba!
L: Muito interessante essa percepção, eu vejo como um movimento duplo. Da mesma forma que a vida interfere na arte, para mim, até certo ponto, a arte também interfere na vida em uma espécie de dialogismo. Se pá que Bakhtin fala sobre isso e eu não lembro. Como estamos nos encaminhando para a reta final e estamos neste papo de comadre super intimista, eu gostaria que você fizesse algumas considerações sobre o seu livro Ligações que Rasgam, lançado neste ano pela Kotter Editorial, e qual foi a recepção do público?
R: Foi incrível lançar esse livro, embora tenha sido um livro pequeno com aproximadamente 20 poemas, eu estava escrevendo-o desde 2012. O livro pensa nesses lugares limítrofes sobre a vida e sobre ser LGBT, não incluído neste Brasil. Principalmente sobre todas essas questões que eu comentei durante a entrevista de ser um LGBT, marginalizado, em um país extremamente violento e insensível. Muitas das coisas presentes no livro falam sobre afeto, sobre ligação humana, sobre ser um homem, sobre ser um ser humano e sobre ser um ser humano homem.
Tem uma parte do livro que se chama m. é uma costela de gatling assada, na qual eu fiz um trabalho de pesquisa sobre nomes de armas, sobre nomes de violência e sobre uma atitude enquanto um ser humano brasileiro que deve estar sempre pronto para guerrear. Isso sempre me impactou, pois sentia que isso me impedia de viver e precisava processar as violências que eu estava vivendo sem muita substância de como me defender. Essa seção é sobre a atitude de escolher não carregar essas armas, mas sobre construir uma vivência para aquilo que decidi ser, sabendo como o mundo é.
Sempre me perguntei: o que faz uma pessoa ficar na vida de outra? Por que as pessoas vão embora? Nunca tive uma vida que eu precisasse me mudar muito, mas tenho amigos que sim, amigos que não têm amigos de infância. Tenho amigos de infância e a vida para mim, neste lugar, parece um pouco diferente. Essas perguntas sempre me foram latentes, pois por mais que eu sempre estivesse no mesmo lugar, as pessoas iam embora. Tem uma música, inclusive, do Morrissey que é basicamente “a minha vida é uma sucessão de pessoas indo embora” e isso me doía muito porque eu tinha poucos amigos nessa época. Era uma época bem solitária. Essa noção da sua história estar ligada à de outra me fez pensar sobre moedas, sobre dois lados, mas partindo de algo muito concreto, de um valor muito alto, inesquecível. Isso sempre pareceu estar arrebentando de alguma forma, então quis pensar sobre o que fica e como esses rasgamentos reverberam sobre nós. O livro vai um pouco nesse sentido, nessa poética de algo inconstante, instável, corrido, valoroso e que estou tentando fotografar. Quanto à recepção da obra, foi uma loucura, muito obrigado por ter resenhado inclusive. As pessoas ao meu redor repercutiram meu livro e publicá-lo sempre foi um sonho para mim. Tem sido maravilhoso e já estou preparando o próximo que tem a ver com discoteca, dança, pista e música eletrônica.
L: E este próximo livro será como? Poderia nos dar alguns detalhes sobre?
R: O próximo terá uma atitude intimista porque é assim que eu escrevo as minhas coisas, mas acho que estou lidando com outra parte de mim agora. Recentemente, li o livro do Francisco Mallmann, América, ele divulga o livro com a imagem “América é marica” e ler esse livro me deu um impacto gigantesco. Tem uma parte na qual ele afirma “isto não é uma declaração de amor, isto é uma declaração de guerra”, e eu acho que isso me fez perceber um outro lugar. Quero reverter outras coisas com as palavras, se antes elas eram meu travesseiro para chorar, minha pizza ou o meu copo de cerveja, agora eu quero que elas sejam como flechas. Eu estou preparado para entrar, eu quero entrar. Nessa perspectiva, o meu novo livro vem com a ideia de refletir sobre a concepção de “casa” para pessoas LGBTs. Pessoas LGBTs são expulsas de casa, elas vivem uma casa que se interrompe em algum momento e é por meio disso que eu estou enveredando. Eu gostaria de ler um dos poemas deste livro, tem como?
L: Claro! Palhinha exclusiva agora.
R: Este poema ainda não tem nome e não sei se terá.
“Quando a discoteca pra dois acabou Nem todos pensaram o que aconteceria Com os móveis. Este universo estará de mudança amanhã Vai para a rua 13 embaixo Da rua do Antônio. Levamos algumas caixas no início da semana Desta vez terá menos espaço Serão menos estrelas no teto o sistema de som perdeu alguns planetas no ano passado E este ano, nossa sonda captou sons próximos de esferas líquidas Matérias em estado de morte e putrefação. Este pouco pedaço de casa noturna orbitará sozinha por aí Daremos um fim justo: Decidiremos com quem ficará o cachorro Que costumava deitar no pé da porta de dia. Quem vai levar o par de pelúcias (a rose a roseangela) Levarei esse pedaço de árvore no prato de outra casa que acabei roubando, mas foi por instinto e sobrevivência. É por sobrevivência que outra lua será o chapéu prateado do meu novo telhado É por sobrevivência que outro globo de luz será o abajur das canções que dançamos na cozinha. Amanhã vou levar a mesa Você pode ficar com uma cadeira. Na verdade, pode levar duas mais alguém vai esperar em pé na porta da nova rua de nome impronunciável. Amanhã vou levar a jaqueta amarela aquela em cima da cama na cozinha das bahias. Amanhã vou levar a pedra enorme aquela que subia todo dia ao fumódromo, mas que insistia em descer o mais rápido nos primeiros acordes dos ovos e meus pés no 501. Amanhã vou deixar uma ponta da ligação do laço turístico no país dos pedidos para ficar. Amanhã teu peito estará disponível no matinê das 18h e o meu, próximo das 22h35”
L: Caralho! Que beleza de poema, hein?! Achei muito forte essa carga de partida, rompimento e recomeço presente neste poema. As figuras de linguagem que você utiliza também nos transportam para esse mundo intimista feito de palavras, de Raul K. Souza. Bom, para finalizarmos nossa entrevista eu gostaria que você deixasse algumas indicações.
R: Leiam autores LGBTs e acompanhem artistas LGBTs nas redes. Tenho lido muito a Taís Bravo, gosto muito dela, a Angélica Freitas, o Ricardo Domeneck. Tem uma galera em Curitiba fazendo uma literatura incrível, o próprio Francisco Mallmann tem um livro incrível chamado Haverá festa com o que restar, acho que só o título já é maravilhoso, imagina o resto do livro. Além disso, estou ouvindo demais o álbum do Lil Nas X, Montero, que tem uma música com o Elton John que é maravilhosa. Escutem Elton John! E falando em álbum saiu um novo da Liniker que está bem legal também. Mas a indicação mais importante, é uma HQ autobiográfica e um marco no gênero por trazer debates sobre sexualidade e relações familiares chamada Fun Home, de Alison Bechdel. Essa HQ é maravilhosa, tem no Brasil e nas livrarias. Acho que é isso!
L: Muito obrigado pela entrevista e ficaremos no aguardo do seu próximo livro.
R: Um beijo para o Brasil e Fora Bolsonaro!
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